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PESQUISAS EM DESENVOLVIMENTO

Coordenadas por Elizabeth Macedo

“E AGORA, JOSÉ?”: REDES DE DEMANDAS POLÍTICAS NA “IMPLEMENTAÇÃO” DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR


Descrição: Este projeto tem por foco as recentes políticas curriculares no Brasil, mantendo minha responsabilidade de desconstruir mecanismos que criam o controle do currículo como efeito de verdade e dificultam a proliferação da diferença como diferença em si. Tem por objetivo mapear as redes políticas constituídas no processo de implementação da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) do ensino fundamental, dando ênfase às estratégias nacionais; às parcerias entre os entes públicos e as fundações privadas; e às formas como os municípios estão reagindo às demandas nacionais por implementação. Teoricamente, o projeto opera em matriz pós-estrutural, mobilizando a teoria do discurso (Laclau, 2011), as redes políticas no estudo de políticas globais (Ball, 2012) e o neoliberalismo como normatividade (Brown, 2015). O estudo empírico terá por base o mapeamento das redes políticas envolvidas na implementação da BNCC em nível nacional e local (municipal), assim como a análise das articulações entre as demandas envolvidas. Com isso, espera-se ser possível perceber as formas de ação da normatividade neoliberal para além da reificação comum no campo das políticas educativas. A relevância do estudo está relacionada às possibilidades de interlocução teórica que o grupo de pesquisa “Currículo, cultura e diferença” vem mantendo com pesquisadores nacionais e internacionais, mas também a múltiplas demandas das comunidades escolares por entender as políticas curriculares em curso e seus impactos sobre o trabalho docente e a qualidade da educação.

Coordenadora: Elizabeth Fernandes de Macedo
Financiador: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
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POLÍTICAS DE CURRÍCULO E DIFERENÇA: ARTICULAÇÕES CONSERVADORAS NEOPOPULISTAS

Descrição: O objetivo deste projeto é compreender os processos de articulação política que têm hegemonizado sentidos de currículo nas recentes políticas lançadas pelo MEC, em especial os debates em torno da Base Nacional Curricular Comum. Especificamente, o projeto focará as articulações das demandas conservadoras de grupos como o movimento Escola sem Partido e os neopentecostais — caracterizadas, neste projeto, como neopopulistas — tendo por exterior constitutivo o clássico populismo latino-americano de matriz crítica. O foco da análise será sobre os efeitos dessas articulações neopopulistas conservadoras sobre “a diferença” no currículo, não de um ou de outro grupo, mas a “diferença em si” que, em diálogo com J. Derrida, tenho defendido como condição para a educação como empreitada intersubjetiva por excelência. Em termos teórico-metodológicos, opero com duas referências metodológicas principais, quais sejam as noções de redes de políticas, como utilizada por S. Ball, e a relação entre as lógicas da diferença e da equivalência, formulada pela teoria do discurso laclauniana. O corpus empírico sobre o qual irei me debruçar é constituído por textos de divulgação dos debates em torno da BNCC e de seus desdobramentos, veiculados nos principais jornais impressos, mas, principalmente, em mídias virtuais e redes sociais. Ao optar pelas mídias virtuais e rede sociais, este projeto irá aprofundar a discussão sobre essas mídias e redes como objeto de pesquisa, inspirado em J. Derrida.

Coordenadora: Elizabeth Fernandes de Macedo
Financiador(es): Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ; Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

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UMA ALTERNATIVA ÀS POLÍTICAS CENTRALIZADAS: FORMAR PROFESSORES E PRODUZIR CURRÍCULOS NAS ESCOLAS

Descrição: O projeto resulta do compromisso teórico de responder a desafios que vêm sendo apresentados pela racionalidade técnica ao campo do currículo. Sua proposta configura intervenções pilotos em três estados (RJ, BA, MT) e seis municípios (Rio de Janeiro, Niterói, São Félix, Cachoeira, Cruz das Almas e Rondonópolis) pensadas como política pública em currículo a partir de biografias e histórias de vida de professores, assumindo, assim que a política se faz em todos os espaços em que sujeitos tomam decisões e estruturam o mundo social de uma determinada forma. Com isso, espera-se, além dos resultados específicos nos municípios em que as intervenções se darão, avançar teoricamente na superação do hiato, que entre formulação e prática curriculares. Respondendo às críticas que têm sido formuladas contra o currículo reconceptualizado, pretendemos demonstrar que é possível produzir política pública (para a educação de qualidade) considerando o local e a concretude dos sujeitos envolvidos nos processos curriculares. Tal visão da política pública implica que a política é lugar de constituição de subjetividades e, portanto, no caso de que tratamos, lugar em que os docentes, mais do que se formam, se constituem como sujeitos. Nesse sentido, a intervenção proposta pelo projeto é, ao mesmo tempo, a proposta de como fazer política pública em currículo e de como formar professores em serviço. Para tanto, o projeto conta com parcerias interinstitucionais com a UFRB, UFF, UFBA, UFRJ, UNIRIO e UFMT, além da participação de pesquisadores internacionais (Columbia University e Université Charles de Gaule, Lille 3).

Coordenadora: Elizabeth Fernandes de Macedo
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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Coordenados por Guilherme Augusto Rezende Lemos

A AULA COMO PROBLEMA: REFLEXÕES SOBRE RELAÇÕES DE PODER E SUBJETIVIDADES


Descrição: No contexto da educação escolar, a presente pesquisa se insere na interseção entre os campos do currículo e da didática, não como uma crítica às démarches dos campos próprios, mas como recorte do assunto de interesse. A investigação que ora se propõe situa-se no estudo das relações que ocorrem no hiato entre ?o que ensinar? e o ?como ensinar?, onde significantes como conhecimento, cultura, poder, afeto e sujeito assumem lugar privilegiado na análise desse fenômeno escolar que denominamos ?aula?. O interesse por esse tema deriva de minhas reflexões, enquanto professor de didática em cursos de formação de professores, na busca por sentidos para a disciplina em particular e para a condição do ?ser professor? de modo mais amplo, não sendo possível, nesse sentido, me apartar das produções do campo do currículo. A meu juízo, didática e currículo são indissociáveis na realização do que chamamos aula, qualquer que seja a sua configuração. Entretanto, minha atenção não tem como foco propriamente as relações de conteúdo-ensino-aprendizagem, mas partem da compreensão de que esse triângulo afetivo-pedagógico-epistemológico visibiliza relações de poder e processos de subjetividade, que aqui nomeio como fenômeno.

Coordenador: Guilherme Augusto Rezende Lemos

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EDUCAÇÃO COMO ESTÉTICA E PERFORMATIVIDADE: ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM

Descrição: Partindo de um recorte do conceito de experiência em John Dewey, o projeto pretende investigar as diversas possibilidades de conexão e desconexão entre o ensino e a aprendizagem apresentados nos campos de investigação científica do currículo, da didática e da formação de professores, no recorte da educação escolar. Esse projeto se caracteriza por articular pesquisas nos campos acima citados, com destaque para as discussões sobre políticas e práticas. Inclui questões sobre conhecimento, a cultura, os sujeitos da escola, os cotidianos, as tecnologias e a sociedade. Integra estudos culturais e pós-coloniais, com ênfase em abordagens discursivas.

Coordenador: Guilherme Augusto Rezende Lemos
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Coordenado por Thiago Ranniery Moreira de Oliveira


CURRÍCULO, ONTOLOGIA E FORMAS DE VIDA: O VÍRUS COMO FIGURA DE PODER


Descrição: Este projeto de investigação tem o objetivo de materializar as inspirações teóricas, implicações, efeitos e impactos epistemológicos e políticos do ponto de vista da teoria curricular da, assim chamada virada ontológica, tomando o vírus como figura de poder, uma instanciação das tramas curriculares em distribuir a vida e a morte. Sua proposição é questionar ao menos três conjuntos de binários que que suportam a pesquisa em currículo: natureza e cultura, humano e inumano, vivível e invívivel, tencionando, sobretudo, as marcas do discurso humanista e realista na teoria de currículo. As atividades propostas. Para tanto, o projeto privilegia interlocuções teóricas perspectivas de matriz pós-estrutural feministas, queers e pós-coloniais. A expectativa é que suas distintas frentes de trabalho possam permitir uma cartografia dos horizontes materiais e ontológicos de paisagens curriculares onde eventos, festividades escolares e produção científica e tecnológica de ponta são praticados lado a lado e onde pesquisadores e professores, corpos humanos, mosquitos, partículas de material genético e objetos compõem parte de um denso cenário político. Sob essa perspectiva, o projeto se debruça sobre as formas, laços, materialidades, amarrações, e ancoragens do vírus como uma figura de poder vírus, ou seja, nos modos concretos que as tramas curriculares são ligadas, agregadas e apreendidas, avaliadas e compreendidas como demandas éticas e políticas dos mercados globais, do neoliberalismo, do estado, com especial destaque na relação entre natureza, ciência e sociedade em resposta à retórica da crise humanitária e da catástrofe ecológica.

Coordenador: Thiago Ranniery Moreira de Oliveira
Financiadores: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro.
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Coordenado por Alexandre Saul Pinto

O PENSAMENTO DE PAULO FREIRE: POLÍTICA, TEORIA E PRÁTICA


Descrição: O projeto tem como objetivo investigar, de modo sistemático, elementos dos campos do Currículo, da Formação de Professores, da Didática e da Pesquisa Participante, na perspectiva da educação crítico-emancipatória. Articula-se ao projeto O pensamento de Paulo Freire na atualidade: análise de políticas e práticas, financiado pelo CNPq e desenvolvido a partir da Cátedra Paulo Freire da PUC-SP. Os estudos gestados no Grupo pretendem compreender criticamente concepções, políticas e práticas educativas de contextos pesquisados, sobretudo no âmbito da Região Metropolitana da Baixada Santista, e gerar análises e proposições de formação de educadores e desenvolvimento curricular, com o crivo da educação humanizadora. As pesquisas assumem duas linhas de investigação: a primeira delas objetiva mapear e explorar a bibliografia pertinente à temática em tela e a segunda tem a intenção de examinar políticas, práticas e contextos educativos, por meio da efetivação de estudos empíricos qualitativos, realizados com pesquisa exploratória, estudo de caso e pesquisa-ação. Espera-se que a investigação possa suscitar novos conhecimentos e formas de intervir na realidade, a partir dos processos e dos resultados obtidos, que serão publicizados em periódicos de ampla circulação e eventos da área de Educação.

Coordenador: Alexandre Saul Pinto
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Coordenados por Iris Verena

COMBINAMOS DE NÃO MORRER?: CURRÍCULO, DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE E GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA


Descrição: Ao estabelecer relações entre homicídios de jovens negros, encarceramento em massa e a distorção idade-série, busco fugir de proposições simplistas que culpabilizam a escola pública e seus(uas) professores(as), propondo uma investigação que aponte como o racismo estrutural gera situações de exclusão racial que produzem padrões estatísticos de exclusão do espaço escolar, ingresso reduzido no ensino superior e grande número de jovens negros entre os assassinados e presos. Proponho a articulação entre a UNEB e escolas de educação básica, em um processo investigativo que possibilite a construção de recomendações curriculares, a partir do lugar da escola. Trata-se, portanto, de um triplo movimento que articula: a construção de outra ambiência no espaço escolar a partir das escrevivências; formação de professores e formulação de recomendações curriculares a partir das escrevivências docentes e discentes. A pesquisa intervenção possibilitará a análise complementar a partir dos dados, considerando a realidade das escolas pesquisadas, a partir dos Grupos de Experiência e da Residência Artística.

Coordenadora: Iris Verena Oliveira
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO TERRITÓRIO DO SISAL

Descrição: A pesquisa propõe-se a construir caminhos metodológicos para formar professores que atuam nas comunidades quilombolas do Território do Sisal. Atualmente a região conta com 18 comunidades reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares e diversas buscando a certificação. A despeito desse número significativo as políticas públicas de educação dos municípios não atendem ainda as especificidades das escolas situadas nas comunidades e que mesmo fora delas recebe esses estudantes. A pesquisa problematiza o uso da etnografia escolar, ao tempo em que propõe formação através de GE´s, grupos de experiência..

Coordenadora: Iris Verena Oliveira - Coordenador
Financiador(es): Universidade do Estado da Bahia - Auxílio financeiro.
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TECNOLOGIA SOCIAL DA MEMÓRIA E APRENDIZAGENS SOCIOEMOCIONAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA

Descrição: Este projeto articula movimentos de ensino, pesquisa e extensão, propiciando a formação e articulação de uma rede de pesquisa sobre formação de professores em exercício e aprendizagens socioemocionais, ao pôr em diálogo dois grupos de pesquisa,o grupo Formação em Exercício de Professores (FEP/CNPq), vinculado ao Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação da Universidade Federal da Bahia, e o grupo de pesquisa Formação, Experiência e Linguagens (FEL/CNPq), lotado no Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (MPED/UNEB). Para tanto, nessa relação interinstitucional e interdisciplinar, a investigação enfocava a inclusão da tecnologia social da memória no ensino de história nas séries iniciais do ensino fundamental no Território do Sisal criando um cenário formativo do qual podem emergir aprendizagens socioemocionais nos sujeitos do processo ensino-aprendizagem de estudantes e professores.

Coordenadora: Iris Verena Oliveira
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Coordenador por Solyane Silveira Lima

A EDUCAÇÃO NO RECÔNCAVO DA BAHIA: INSTITUIÇÕES, SUJEITOS E PRÁTICAS (Séc. XIX e XX)


Descrição: Este projeto apresenta como objeto de investigação a educação na Bahia, analisada através da historiografia das instituições educativas. O objetivo é investigar a criação, funcionamento e contribuição das instituições localizadas no Recôncavo baiano, bem como o papel exercido por seus sujeitos e as práticas educacionais utilizadas para a consolidação do projeto de civilização da sociedade brasileira. O embasamento teórico-metodológico da pesquisa está ancorado na História Cultural, tendência historiográfica que propõe uma forma inovadora de interrogar a realidade. Como referência teórica de análise sobre a formação civilizatória utilizar-se-á os estudos sobre o processo civilizador desenvolvido por Norbert Elias, buscando dar visibilidade à natureza dos laços de interdependência. E para a problematização das instituições, as contribuições de Justino Pereira Magalhães. As fontes documentais selecionadas são: relatos de governo (mensagens presidenciais e estaduais), regulamentos da instrução pública da Bahia, jornais, correspondências, fotografias, cadernetas escolares, mapas de ensino, cadernos, etc.

Coordenadora: Solyane Silveira Lima







 

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