top of page
TESES EM DESENVOLVIMENTO
POLÍTICAS CURRICULARES PARA A ESCOLA INDIGENA
Tradução e Diferença No Vale do Javari/AM
Discente: Adria Simone Duarte de Souza
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
A pesquisa de doutorado vincula-se ao Grupo de Pesquisa Currículo e Diferença do PROPED/UERJ sob a orientação da Profa Dra Elizabeth Macedo. O Vale do Javari, extremo norte do Estado do Amazonas é um dos territórios com o maior número de povos indígenas isolados, de pouco contato e de contatos recentes no Brasil. Argumento que as políticas nacionais com forte conotação identitária são traduzidas pelos professores indígenas de 04 grupos indígenas (Marubo, Kanamary, Matsés e Matis) os quais participam do Curso de Formação de Professores Indígenas, oferecido no município de Atalaia do Norte, no âmbito do Programa de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Sendo assim, como os professores indígenas entendem e traduzem as noções de interculturalidade e bilinguismo e assim conseguem produzir currículo é o tema central desta pesquisa. O que chamo de currículo, não remete aos escritos documentais e instituídos nas escolas (MACEDO, 2014), mas à própria interpretação dos grupos com a instituição escolar e com os sentidos produzidos em suas trocas e negociações nesse processo.
................
PROCESSO POLÍTICO DE CONSTRUÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DO SUDOESTE BAIANO
Discente: João Paulo Lopes Silva
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O argumento central da tese baseia-se nos possíveis movimentos de disputas/lutas políticas que influenciaram a produção dos planos municipais de educação dos municípios do Território de Identidade do Sudoeste Baiano. Nessa esteira, faz-se imprescindível a articulação de algumas noções que orientam o estudo: Governamentalidade em Foucault, como conjunto de táticas que permitem exercer essa forma bem específica de poder que tem por alvo principal a população; Paisagens imaginadas em Appadurai, para operar com a ideia de território de identidade como paisagens/comunidades imaginadas que possibilitam a construção de mundos imaginados não estáticos, mas que se entrecruzam o tempo todo num movimento disjuntivo; e Enquadramento em Butler, para tratar a política enquanto esfera, sempre tensa, do reconhecimento do outro, da construção de corpos políticos, evidenciando de tal modo as condições políticas desiguais no campo das relações de poder.
.....................
O NEGRO NO CURRÍCULO: PRODUÇÃO DA DIFERENÇA
Discente: Luciane dos Santos Silva
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O estudo em questão, vinculado a linha de pesquisa: Currículo, cultura e diferença, e insere-se na análise de como o negro se constitui contemporaneamente pela luta antirracista na produção curricular. Entendendo que essa instância está demarcada como categoria privilegiada de representação, pois das suas configurações foram elaboradas hegemonicamente, formas de significar negativamente o elemento negro, que ainda perduram na atualidade. Dessa perspectiva que esta pesquisa problematiza “O NEGRO NO CURRÍCULO: PRODUÇÃO DA DIFERENÇA”. Com base na noção de currículo como enunciação cultural, proposta por Macedo (2011) e Bhabha (2014), esta pesquisa procura compreender os diversos discursos que perfazem a produção curricular, no Projeto Africanidades, em uma Escola da SEEDUC (Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro), na Cidade de Duque de Caxias. Buscando entender principalmente como apesar das produções curriculares terem tentado por atos de poder, reduzir ou inviabilizar outras significações e representações do que se fixou em “ser negro”, há a impossibilidade de fixidez total, porque de acordo com o Bhabha, os sentidos são produzidos na cultura num processo ambivalente e híbrido. Partindo desse pressuposto estão sendo analisados os discursos da comunidade escolar em negociação com os discursos do currículo normativo e suas interpretações mediante os elementos que influenciam o contexto escolar. Através de abordagem etnográfica, observação participativa e caderno de campo tem-se procurado entender características socioculturais, políticas e econômicas do contexto. Por meio de entrevistas semiestruturadas, professores, equipe diretiva e pedagógica, alunos e funcionários estão tendo suas falas registradas. Esta pesquisa fará referência ao período de 2003 a 2021, quando se iniciou na escola um Projeto com fins de combater o racismo na comunidade escolar, com recortes específicos aos anos de 2014 a 2021, quando a Lei 10.639/03 começa a fazer parte do Projeto Político Pedagógico da Escola e o Projeto recebe um formato alterado anualmente. A hipótese arrolada é que a produção curricular desta escola é traduzida e híbrida, não vigora nem o currículo da SEEDUC e nem o proposto pelo aluno, e sim um entrelugar, enunciando uma produção curricular incomensurável, possível de ser descrita contingencialmente. Produzindo uma agência cotidiana desigual e descentrada, cuja diferença emerge de diversas possibilidades de ser negro na contemporaneidade.
DISSERTAÇÕES EM DESSENVOLVIMENTO
REFORMULAÇÃO DO REFERENCIAL CURRICULAR 2020 DO MUNICÍPIO DE ITABORAÍ/RJ - OS DESAFIOS DO PROCESSO
Discente: Gisele Pimentel da Silva Salgueiro
Orientadora: Guilherme Augusto Rezende Lemos
Essa pesquisa está vinculada ao Proped/UERJ na linha Currículo: sujeitos, conhecimento e cultura sob a orientação e tem por objetivo analisar o processo de reformulação do referencial curricular do município de Itaboraí- RJ, ressaltando a participação de professores e coordenadores pedagógicos na prática dessa reformulação. Entendendo que o currículo se situa num campo de disputas e que nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimentos, ele expressa historicidade, contexto e tensão. Assim, intencionamos em identificar esses aspectos no processo de implementação da BNCC na referida Rede de Ensino e consequentemente a reformulação do referencial curricular. A pesquisa se dará na escuta dos discursos dos professores e coordenadores pedagógicos envolvidos no processo dessa reformulação, observando nesse os conflitos e as contestações existentes. A intenção é realizar a escuta das vivências desses professores nesse processo, a partir da investigação otobiográfica. Inquieta-nos em pesquisar: Como se deu a discussão da reformulação do referencial curricular em Itaboraí em paralelo a implementação da BNCC na Rede? Quais as ações formativas oferecidas aos professores durante esse processo? Como as vivências e as experiências docentes são importantes para se pensar em currículo? Objetivamos também, com essa pesquisa interpretar a importância do Coordenador Pedagógico nas discussões dentro da escola sobre currículo e políticas curriculares. Fundamentamos esse trabalho baseando-nos em Lopes e Macedo (2011), Silva (1999), Derrida (1991,2004), Monteiro (2004 e 2013) entre outros.
.............................
DESIGUALDADES, RESISTÊNCIAS E DESAFIOS: AS MÚLTIPLAS FACES DOS NÚMEROS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA (EMC)
Discente: Gabriel Camilo de Lima
Orientadora: Guilherme Augusto Rezende Lemos
Cada vez mais o ensino da Matemática tem sido debatido acerca de que aprendizagens devem ser garantidas, o porquê e para quem devem afetar. Partindo desta premissa e entendendo a onda neoliberal que atravessa as políticas de currículo no Brasil, a pesquisa pretende pensar a Educação Matemática Crítica a partir de uma análise sob a BNCC em Matemática para os Anos Iniciais, de modo que para além dos números, a aprendizagem da Matemática garanta espaço de reflexão acerca de justiça social, democracia, desigualdade e discriminações diversas. Essa discussão terá como pano de fundo uma perspectiva teórica pós-crítica do currículo sob a orientação do Prof. Dr. Guilherme Augusto Rezende Lemos da linha de pesquisa Currículo: sujeitos, conhecimento e cultura.
TESES JÁ DESENVOLVIDAS
“CADA OUTRO É CADA OUTRO”: DO CURRÍCULO E DIFERENÇA EM QUILOMBOLAS DO ARROJADO
Discente: Maria do Socorro dos Santos
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O estudo trata-se de uma narrativa autobiográfica minha na relação com os moradores do quilombo do Arrojado, localizados em Portalegre, cidade do alto-oeste potiguar, Rio Grande do Norte/RN. Há nela uma rasura às questões de alteridade e diferença; identidade e relacionalidade; políticas e vida dos sujeitos, e políticas identitárias e seus problemas. Esta promessa está articulada aos estudos da Linha de Pesquisa “Currículo: sujeitos, conhecimento e cultura”; e operando em um quadro pós-estrutural. Na pesquisa tenho dialogado com seguintes teóricas: J. Derrida, E. Macedo, M. Foucault. W. Brown, J. Butler, H. Bhabha G. Biesta, e principalmente J. Miller que aponta interpretações de como pesquisas autobiográficas ajudam a lidar com o imprevisível do campo educacional e aquilo que na experiência do vivido, não foram narradas e nem apagado, questionando assim, o si mesmo – seu próprio self.
..........................................................
ULTRA NEOLIBERAL NA ECONOMIA, ULTRA CONSERVADOR NOS COSTUMES: ANÁLISE DOS DISCURSOS CONSERVADORES NAS POLÍTICAS CURRICULARES ATUAIS NO BRASIL
Discente: Marlon Silveira da Silva
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
A pesquisa em desenvolvimento na Linha de Pesquisa “Currículo: sujeitos, conhecimento e cultura” e grupo de pesquisa “Currículo, Cultura e Diferença”, sob orientação da professora Elizabeth Fernandes de Macedo, tem como objetivo analisar alguns dos discursos conservadores nos embates e disputas políticas em curso no contexto de elaboração do Plano Nacional de Educação e da Base Nacional Comum Curricular, buscando compreender como e através de que tipo de articulações as agendas e demandas de grupos ultraconservadores no Brasil foram mobilizadas através do dispositivo da normatividade neoliberal, impactando em tais políticas educacionais. Em outras palavras, refletir sobre a produção de políticas curriculares no contexto de recrudescimento do neoliberalismo no Brasil, e o quanto tais políticas mobilizaram argumentos conservadores em suas defesas......................
Título: PAISAGENS E FLUXOS CURRICULARES PATAXÓ: PROCESSOS DE HIBRIDIZAÇÃO E BIOPOLÍTICA
Autor: Paulo de Tássio Borges da Silva
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O trabalho se propõe a discutir as paisagens (APPADURAI, 2004) e os fluxos curriculares pataxó, com suas rasuras nas redes discursivas em que se constroem as políticas curriculares no Brasil e no Estado da Bahia, sendo pensadas a partir do “ciclo de políticas” de Ball (2001). Na escrita, são problematizadas possibilidades de ficções, tensionando os itinerários a partir da (auto)biografia, de projetos interculturais e decoloniais para a escola Pataxó. O texto tem em si um caráter inconcluso, não sendo possível fazer inferências fixas. As reflexões que aqui se apresentam são contingentes e ambivalentes, sendo outros olhares sempre possíveis.
Ano da publicação: 2019
. . . . . . . . . .
Título: "OLHA, EU FIZ O GDE, MEU BEM!": UMA ANÁLISE DA CAPILARIDADE DA POLÍTICA PÚBLICA EDUCACIONAL NO CURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA
Autor: Thalles do Amaral de Souza Cruz
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Neste trabalho analisei um desdobramento das políticas igualitárias postas em práticas no Brasil a partir de 2003, uma política pública curricular que pretendeu levar a cabo transformações sociais, o curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE). Meu objetivo neste trabalho foi afirmar a potencialidade de políticas públicas curriculares capilares como esta na desconstrução de regimes de verdades discriminatórios e excludentes. A análise evidenciou que mesmo sob forte ataque conservador a este tipo de política na educação nos últimos anos, o GDE, enquanto existiu, se capilarizou em todas as suas fases, e seus objetivos diante das pessoas que se envolveram com o curso foram, em grande parte, alcançados.
Ano da publicação: 2019
. . . . . . . . . .
Título: TODOS PRECISAM SABER LER E ESCREVER: UMA REFLEXÃO SOBRE A REDE DE EQUIVALÊNCIAS DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
Autora: Bonnier Axier
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
A presente pesquisa possui como pano de fundo o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), um acordo assumido pelos governos federal, estaduais e municipais para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade. Nesse sentido, esta tese dialoga com o campo do Currículo e com seus aportes teóricos mais recentes para problematizar o discurso da idade certa que constitui o PNAIC. A argumentação central da tese é a interpretação do PNAIC como política curricular que se constitui como rede de relações e equivalências; logo, uma rede política não definida em absoluto e movente, que envolve posições de poder sem uma determinação a priori e que é constituída provisoriamente, mas que acaba por produzir uma base curricular nacional para a alfabetização.
Ano da publicação: 2018
. . . . . . . . . .
Título: POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A PROMOÇÃO DA RAPARIGA EM MOÇAMBIQUE
Autora: Argentina Serafim Lopes
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O estudo em tela insere-se na problemática das políticas educacionais moçambicanas que têm sido influenciadas pelas políticas internacionais sobre Educação Básica. Com base na Abordagem do Ciclo de Políticas, proposta por Stephen Ball, esta pesquisa procurou compreender os desdobramentos das políticas de promoção da rapariga na província da Zambézia, buscando, principalmente, entender como os profissionais de educação do contexto da prática (escola) articulam os discursos culturalmente construídos sobre as mulheres com os discursos das políticas governamentais tendentes à promoção da rapariga por meio da educação. A partir das análises, concluiu-se que a formulação das políticas educacionais, que propalam a inclusão dos até então excluídos, produzem adversidade ao que elas propõem. Desse modo, a inoperância das políticas internacionais que propugnam e incluem nas políticas nacionais de Moçambique a ideia de equidade de gênero e igualdade de oportunidades é atribuída às dificuldades do contexto nacional, que obstaculizam o funcionamento dessas políticas.
Ano da publicação: 2017
. . . . . . . . . .
Título: DE QUE INCLUSÃO... FORMAÇÃO, CURRÍCULO E DIFERENÇA NO ÂMBITO DA SECAD/SECADI
Autora: Claudia Maria Felício Ferreira Tomé
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O estudo problematiza o discurso a favor da diferença como valorização da diversidade nas publicações disponibilizadas pela Secad/Secadi. Considerando que as assinaturas e contra-assinaturas, dessas publicações, envolvem uma rede de relações entre agentes públicos e privados em torno da defesa da política do 'Todos iguais', o objetivo é compreender a matriz de inteligibilidade que produzem esses textos. O argumento é o de que as ambivalências dos discursos curriculares evocam movimentos sobre fundamentos contingentes e instalam oposições, disputas e lutas políticas pelas quais conflitam as dicotomias, o que mina a totalização das diferenças pela própria fenda da estrutura. De tal modo, a inclusão em sua 'totalidade', só faz sentido pela fixação das diferenças produzida pela ideia de diversidade, embora cambiante e contingente. E, na sua contingência, não consegue conter a rasura operada pela fi(x)ação e signifi(x)ação do fluxo da diferença.
Ano da publicação: 2016
. . . . . . . . . .
Título: A NEGOCIAÇÃO DO QUE É SEM MAL: CURRÍCULO, COSMOLOGIA E DIFERENÇA ENTRE OS MBYÁ (GUARANI)
Autora: Danielle Bastos Lopes
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Os mbyá são um grupo de língua guarani, do tronco Tupi, do litoral do Sudeste do Brasil. Localizam-se tanto nos territórios brasileiros, como argentino, paraguaio, uruguaio e boliviano. O grupo do estudo, reside no Rio de Janeiro desde os anos 1990. Os mbyá, concebem os seres que povoam outras regiões do cosmos como os -Já, seres não humanos, e inclusive, alguns deles, como propriamente desumanos, pois são dotados de características negativas aos homens. Esses espíritos, assim como os seus mitos de criação e xamanismo circulam toda a relação de educação da sociedade guarani, como também a relação com a escolarização. O argumento dessa tese é que a relação com a escola estadual indígena presente no seu território, tanto quanto as relações de currículo que são constituídos pela política nacional não se desassociam dessa relação cosmológica, com seres, espíritos e formas animais 'outras'. Ano de publicação: 2016
. . . . . . . . . .
Título: CORPOS FEITOS DE PLÁSTICO, PÓ E GLITTER: CURRÍCULOS PARA DICÇÕES HETEROGÊNEAS E VISIBILIDADES IMPROVÁVEIS
Autor: Thiago Ranniery Moreira de Oliveira
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O objetivo desta tese é - tomando de empréstimo de Michel Foucault aquele exercício de genealogia do presente - responder ao seguinte problema de investigação: como a performatividade do poder produz espaços e tempos nas relações que envolvem corpo, gênero e sexualidade nos currículos e em que condições a inteligibilidade gay é agenciada em campos específicos de relações curriculares? O argumento desenvolvido é de que as formas corporais, imaginativas e estéticas pelas quais os corpos proliferam-se nos currículos provocam deslocamentos de sensibilidade, de modos de dizer, de viver e se fazer visível; dessa forma, esses modos corporais produzem currículo. Composta por cinco capítulos, sua escrita é uma tentativa de apontar um deslocamento queer no pensamento curricular: um movimento que se despregue da normatividade e, ao explicitar a inconstância das tramas curriculares, desmonte currículo como relação ética.
Ano da publicação: a 2016
. . . . . . . . . .
Título: PRECIPITAÇÃO CURRICULAR RESPONSÁVEL: ENTRE A ESTRATÉGIA E O LIMITE SINGULAR DA IDENTIDADE NEGRA
Autora: Cassandra Marina da Silveira Pontes
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Este trabalho propõe pensar o Currículo e os processos de (des)identificação como precipitação e rastro; a política curricular e as práticas articulatórias de grupos representativos como precipitações com fé no porvir democrático; e, a identidade negra como estratégia necessária às lutas de combate a discursos racistas, destacando a responsabilidade por confessá-la como espectro evocado e por desconstruir crenças na presença essencialista. Este é o limite da desconstrução. Desconstrói-se a metafísica da presença, o essencialismo, sem negligenciar a inevitabilidade e o chamado por sacrifícios nas relações humanas. Sacrifica-se pela nomeação, pelo assujeitamento à clausura da língua. E convoca-se a manter-se a abertura da
resposta ao que vem, à singularidade. A singularidade em negociação equivalencial, em negociação com processos de identificação identitária, em negociação com a clausura da língua que nomeia e que exige a precipitação. Que o currículo se precipite a responder no indecidível entre a força da herança identitária que exige enunciação/representação de demandas e a imprevisibilidade da singularidade irrepresentável porque insubstituível.
Ano da publicação: 2015
. . . . . . . . . .
Título: O SUJEITO DESCENTRADO E A EDUCAÇÃO COMO ESTÉTICA
Autor: Guilherme Augusto Rezende Lemos
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O ponto crucial desse trabalho, certamente, são as condições de possibilidades das relações entre o magistério e a educação, arguindo tanto o magistério como a educação sobre o sentido do não-sentido de um currículo. Minha tese é que, analisadas as possibilidades da subjetividade, a autodeterminação é inexequível, isto é, é preciso incluir o 'outro' no 'eu' e essa inclusão pressupõe penetrar as searas do imprevisto. Se assim o é, a subjetividade consiste na responsabilidade, na ação de responder a esse 'outro' que não sou eu, mas que constitui também o 'eu'. Responder ao 'outro' obnubila o 'eu' enquanto singularidade, não há espaço para essa singularidade, portanto ser é imprevisível. Isso significa que é vão o trabalho de tentar planejar a construção do 'eu' (o sujeito, o cidadão) do outro no tempo. Trata-se de uma confissão e da busca de um lugar, enquanto professor que exerce seu ofício.
Ano da publicação: 2014
. . . . . . . . . .
Título: HETERONORMATIVIDADE E SEXUALIDADES LGBT: REPERCUSSÕES DOS DISCURSOS ESCOLARES SOBRE SEXUALIDADE NA CONSTITUIÇÃO DAS SEXUALIDADES NÃO-NORMATIVAS.
Aluna: Denise da Silva Braga
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Busco evidenciar que, mesmo às margens dos discursos socialmente legitimados que circulam na escola, cuja pretensão é manter a hegemonia da história universal onde apenas alguns sujeitos são inscritos e reconhecidos como inteligíveis, os sujeitos LGBT produzem suas histórias e criam modos de vida. Minhas contribuições ao debate do tema se referem à possibilidade de desconstrução dos discursos predominantes no espaço-tempo da escola que enfatizam as concepções naturalizadas de sexo, de gênero e de sexualidade. Neste sentido acentuo a necessidade de novas/outras abordagens que incluam todas as sexualidades no
espaço de inteligibilidade habitado pela norma heterossexual e apontar indícios de como os discursos predominantes contribuem para a manutenção da heteronormatividade e do heterossexismo. As narrativas dos sujeitos LGBT apontam a necessidade de repensar as práticas escolares, visando desconstruir concepções naturalizadas em torno da vivência da sexualidade e avançar das políticas de tolerância para uma política da diferença na qual a concepção do que é ser humano esteja sempre em aberto.
Ano da publicação: 2012
. . . . . . . . . .
Título: A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE CURRÍCULO EM UNIVERSIDADES SITUADAS NO NORDESTE BRASILEIRO: ARTICULAÇÕES E TENSÕES ENTRE O GLOBAL E O LOCAL
Aluna: Francisca Pereira Salvino
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Esta pesquisa tem por objetivo analisar as formas de produção e circulação de conhecimento na área da educação e do currículo, considerando como lócus a Pós-Graduação em Educação no Nordeste do Brasil. Toma como aporte teórico o pós-estruturalismo e a teoria do discurso, a partir de pensadores como Ernesto Laclau, Chantal Mouffe, Michel Foucault e Homi Babha, que permite uma análise mais condizente com as demandas, exigências e complexidades das sociedades globais/locais como a brasileira e a nordestina, haja vista voltarem-se à diferença, às práticas discursivas, ao hibridismo, às relações de poder e resistência, à intercultura.
Ano da publicação: 2012
. . . . . . . . . .
Título: CONTEXTOS, SENTIDOS E SIGNIFICAÇÕES NA PRODUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Aluna: Vagda Gutemberg Gonçalves Rocha
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Esta pesquisa analisa as políticas de formação inicial de professores (as) em serviço e como
estas contribuem para estereotipia do (a) profissional que a acessa, no sentido de projetar uma
espécie de segunda categoria de professores (as). A perspectiva é de se propor uma releitura
desse fenômeno, interpretar as tentativas de fixação de sentidos na constituição dessas
políticas, e identificar as oportunidades possibilitadas a partir da conclusão de cursos em
serviço. Neste estudo é focalizada a produção de políticas nos contextos de produção de textos e efeitos e resultados, considerando o Curso de Pedagogia em Regime Especial, oferecido pela Universidade Estadual da Paraíba, no período de 2001 a 2007, a municípios paraibanos, como objeto de estudo. A tentativa de fixação de estereótipos é analisada em textos acadêmicos divulgados em revistas, livros e anais de eventos, bem como teses e dissertações na área de educação/formação docente. Essa tentativa de fixação de estereótipos também é percebida em documentos relativos à produção e avaliação do curso em apreço e ainda em discursos proferidos por parte de comunidades locais, de pares de profissão e de professores (as) da UEPB.
Ano da publicação: 2012
. . . . . . . . . .
Título: SIGNIFICAÇÕES EM DISPUTA NA CONSTITUIÇÃO DO DISCURSO CURRICULAR DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Aluna: Aura Helena Ramos
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O estudo investiga a constituição do currículo de Educação em Direitos Humanos no Brasil, procurando identificar os sujeitos com poder de significar a área e os sentidos em disputa nesse processo - destacadamente o modo como a diferença se articula e constrói consensos nesses espaços curriculares. Identificamos, na ideia de direitos humanos e de política cultural centradas na promoção da igualdade, práticas de regulação e controle da diferença, o que levou a questionar a perspectiva universalista que lhe dá suporte e acatar proposições de ressignificação da escola e de direitos humanos na contemporaneidade. Nesse sentido, argumenta favoravelmente à assunção de uma noção de Direitos Humanos como espaço de expressão da diferença, arena de dissenso (Mouffe, 2006), a partir do que se questionam as práticas prescritivas afirmativas de modelos universalizados que caracterizam políticas curriculares, perspectiva que pode ser identificada na experiência de constituição do currículo de Educação em Direitos Humanos analisada.
Ano da publicação: 2010
. . . . . . . . . .
Título: TODOS IGUAIS... TODOS DIFERENTES... PROBLEMATIZANDO OS DISCURSOS QUE CONSTITUEM A PRÁTICA CURRICULAR DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO (SME/RJ).
Aluna: Débora Raquel Alves Barreiros
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Neste estudo, a autora buscar fazer uma análise dos desdobramentos da proposta curricular da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro – Multieducação – no cotidiano escolar, procurando verificar como são trabalhadas as diferenças culturais, de modo a entender o processo pelo qual se consolidam as políticas multiculturais assumidas no discurso da rede. No desenvolvimento desta pesquisa, buscamos subsídios teóricos nos estudos culturais, pós-estruturais e pós-coloniais que vêm discutindo as inter-relações entre currículo, identidade, cultura e diferença. O que se concluí é que a busca por uma intensa atividade desconstrutiva significa propor a possibilidade da coexistência com o paradoxo: a permanência na fronteira, que caracteriza a indecidibilidade – os interstícios, os entre-lugares –, que pode gerar estruturas fecundas que possibilitem repensar as diferenças.
Ano da publicação: 2009
. . . . . . . . . .
Título: O PROCESSO DE PRODUÇÃO DA POLÍTICA DE CURRÍCULO EM RIBEIRAS CASCALHEIRA - MT (1969 A 2000): DIFERENTES ATORES, CONTEXTOS E ARMAS DE UMA LUTA CULTURAL.
Autora: Ozerina Victor de Oliveira
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
Esta tese analisa a produção de políticas de currículo em realidades históricas específicas, delimitando o estudo em torno da política de currículo do município de Ribeirão Cascalheira – MT -, nas três últimas décadas do século XX. O objetivo é elucidar o processo de produção dessa política de currículo, destacando os recursos de construção de novas hegemonias, com o propósito de contribuir com avanços teórico-práticos no campo do currículo e com a luta por democratização da educação escolar inscrita em reformas curriculares.
Ano da publicação: 2006
. . . . . . . . . .
Título: NA PROCURA DE UM CURSO: CURRÍCULO-FORMAÇÃO DE PROFESSORES-EDUCAÇÃO INFANTIL: IDENTIDADE(S) EM (DES)CONSTRUÇÃO.
Autora: Rita de Cássia Prazeres Frangella
Orientadora: Elizabeth Fernandes Macedo
O estudo interroga as relações entre currículo e identidade no contexto de um curso de formação de professores de educação infantil. Desenvolve-se a partir de uma questão central: é possível falar em uma identidade profissional na contemporaneidade? A pesquisa foca alguns discursos que circulam no contexto de influências, especialmente aqueles enunciados por agentes acadêmicos e sociais voltados para a formação de professores e de educadores infantis. São destacados a Associação Nacional pela Formação de Professores, as publicações organizadas pela Coordenação Geral de Educação Infantil do Ministério da Educação e Movimento Inter fóruns de Educação Infantil como esferas nas quais se dá o debate e a produção de discursos que orientam e mobilizam ações em torno da formação de professores.
Ano da publicação: 2006.
bottom of page